Torneio de robótica reúne 600 estudantes de todas as regiões do país no Distrito Federal

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Atrair o interesse pelo estudo das ciências, tecnologia e matemática, tanto no ensino fundamental quanto no médio, ampliando a criatividade, o raciocínio lógico e a capacidade de inovação. Estes são os principais objetivos do Torneio de Robótica First Lego League, que reunirá entre esta sexta (21) e domingo (23), no SESI de Taguatinga, em Brasília, cerca de 600 estudantes de escolas públicas e particulares e de comunidades entre nove e 15 anos, vindos de 14 estados e agrupados em 60 times.


O torneio é realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em conjunto com os parceiros fundadores Lego e a organização americana First (For Inspiration and Recognition of Science and Technology). Esta é a primeira edição nacional sob integral responsabilidade do SESI, após nove outras realizadas anteriormente no país.

O  tema deste ano é Fúria da Natureza. Entre outros desafios, os estudantes montarão e programarão robôs que solucionarão problemas com desastres naturais, como avalanches, deslizamentos de terra, enchentes, tsunamis, tempestades. Os times se submetem a quatro categorias de avaliação na arena montada no SESI de Taguatinga e os  melhores colocados disputarão torneios idênticos nos Estados Unidos, Espanha e Canadá.

TECNOLOGIA – Os robôs usam a tecnologia Lego Mindstorms, da empresa dinamarquesa de brinquedos Lego, uma linha de peças voltada exclusivamente para a educação tecnológica.  O Torneio de Robótica abrange quatro avaliações:

– Desafio do Robô: 3 partidas de 2min30 para executar missões na mesa de competição com robôs autônomos;

– Design do Robô: em 15 salas de avaliação no SESI de Taguatinga, as equipes apresentam o desenho mecânico, a estratégia adotada e a programação desenvolvida;

– Core Values: os competidores demonstram os valores do torneio,  que consistem em competição amigável e ganho mútuo, pois ajudar um ao outro é fundamental para o trabalho em equipe;

– Projeto de Pesquisa: o time apresenta soluções inovadoras para um problema do mundo real, conforme o tema do desafio anual. Os projetos são criados, experimentados e compartilhados com os outros.

 

TORNEIOS REGIONAIS – Nada menos do que 226 equipes concorreram para chegar à etapa final em Brasília. As etapas regionais foram realizadas em novembro e dezembro últimos, em seis torneios, no Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No total foram mobilizadas cerca de quatro mil pessoas, entre alunos competidores, técnicos, mentores e voluntários.

Incluem-se neste público os juízes responsáveis pelo processo de avaliação,  profissionais que participaram voluntariamente das competições. Entre os mais de 200 juízes há engenheiros e profissionais de empresas e de instituições de ensino como Institutos Federais, universidades e oServiço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

O Distrito Federal estará no Torneio de Robótica representado por duas equipes do SESI do Gama, a Legofield, formada por cinco alunos, e a Lego of Olympos, constituída por seis estudantes. Do sul virá, entre outras equipes, o Esquadrão Garança, do Colégio Militar de Santa Maria, enquanto entre as equipes do Norte está a Lego Maníacos, do SESI de Manaus.

A equipe TechCOE, do Colégio Coesi, escola particular de Aracaju, é uma das representantes do Nordeste. Entre os representantes do Sudeste está a equipe Koelle Pandas, do Colégio Koelle, escola particular de São Carlos, em São Paulo.

PROCESSO PEDAGÓGICO – O SESI vê no Torneio de Robótica um processo pedagógico importante para contribuir no aumento da competitividade das empresas brasileiras, na medida em que desperta no jovem estudante o interesse por profissões técnicas. A competição entrelaça a educação básica e a aplicação prática da ciência e tecnologia, incentivando os estudantes a seguir carreiras como de engenheiro, por exemplo, de que o Brasil necessita.

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre educação científica recomenda que o ensino esteja baseado em situações do mundo real. Outro documento, da UNESCO, ressalta a importância de uma abordagem baseada em pesquisas que estimulem a criatividade inata das crianças.

A concepção do torneio se origina nesses referenciais. A competição aborda situações do mundo real para incentivar os estudantes na busca de soluções criativas para problemas identificados. Eles são levados a aplicar suas habilidades em ciência, tecnologia e matemática e, dessa forma, podem desenvolver raciocínios inovadores.