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Brasil inicia busca do pódio no torneio de educação profissional

Começaram nesta quarta (5/10), no centro de convenções e exposições Excel, em Londres, as provas do 41º WorldSkills, o maior torneio de educação profissional e tecnológica do mundo, que reúne 944 alunos de cursos técnicos e de aprendizagem profissional de 51 países, entre eles o Brasil. Nas provas, os competidores, todos jovens com menos de 23 anos de idade, precisam executar tarefas do dia a dia nas diversas áreas profissionais dentro de rigorosos padrões internacionais de qualidade. Vencem aqueles que conseguem apresentar as melhores soluções dentro de prazos compatíveis com o desafio apresentado.

Neste ano, a avaliação inclui 46 ocupações. O Brasil, com 23 alunos do Senai e cinco do Senac, compete em 25 delas: aplicação de revestimento cerâmico; confeitaria; construção de moldes; desenho mecânico em CAD; design gráfico; eletricidade industrial; eletricidade predial; eletrônica industrial; fresagem CNC; instalação e manutenção de redes; joalheria; marcenaria; mecânica de refrigeração; mecatrônica; polimecânica; robótica móvel; sistema de transporte da informação; soldagem; tecnologia da informação; tornearia CNC; webdesign; cabeleireiro; técnico em enfermagem; serviço de restaurante e cozinha. Os representantes brasileiros são de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Bahia.

Na cerimônia de abertura da competição, na noite de terça (4/10), no centro de eventos O2, os ingleses, anfitriões do 41º WorldSkills, apresentaram a uma platéia de cerca de 5 mil pessoas um show multicultural que mostrou as características dos quatro países integrantes do Reino Unido – Escócia, País de Gales, Irlanda e Inglaterra. O vice-primeiro ministro da Inglaterra, Nick Clegg, deu as boas vindas aos competidores.

Em seu discurso, o presidente do 41º WorldSkills, Chris Humphires, disse que a educação profissional transforma a vida dos jovens e é decisiva para o bom desempenho da economia dos países. Segundo ele, os competidores que estão em Londres para mostrar suas habilidades técnicas e pessoais já são vencedores, porque estão entre os melhores profissionais em seus ofícios. Os campeões do WorldSkills serão conhecidos na noite do domingo (9/10). “Nossa expectativa é ficar entre os cinco primeiros colocados. De preferência, queremos chegar ao pódio”, disse o diretor de Educação e Tecnologia do Sistema Indústria, Rafael Lucchesi, que também é diretor-geral do Senai. Em 2007, quando o WorldSkills foi realizado no Japão, a equipe brasileira ficou em segundo lugar, atrás da Coreia do Sul. Em 2009, no Canadá, o Brasil obteve o terceiro lugar, atrás de Coreia do Sul e Irlanda.

7ª Olimpíada do Conhecimento

Senai do Brás prepara equipe para a etapa estadual da competição

Quem vê de fora o prédio do Senai do Brás, em São Paulo, capital, não imagina as modernas instalações, máquinas e ambientes educacionais lá existentes. Esta unidade, na qual os alunos têm um histórico de sucesso em Olimpíadas do Conhecimento, vem preparando 32 participantes de 24 modalidades para a etapa estadual da competição, que ocorrerá em novembro próximo. Das cinco modalidades da última etapa nacional em que a escola participou, em março de 2010, no Rio de Janeiro, o resultado foi excelente: cinco medalhas de ouro nas ocupações de Confeitaria, Ferramentaria, Manufatura Integrada, Mecânica de Precisão e Sistema de Transporte de Informação.

Segundo o diretor da unidade, João Roberto Campaner, a Olimpíada do Conhecimento – competição promovida a cada dois anos pares pelo Senai e empresas – traz vários ganhos ao processo educacional da organização. Ele percebe que o jovem do Senai, quando participa da competição, passa a desenvolver comprometimento e responsabilidades. “Os outros alunos têm aquele menino como modelo de seriedade, de empenho. Então fazemos com que ele seja referência.”

O coordenador de Atividades Técnicas do Senai do Brás, Marcel Porto, explicou que durante o treinamento há também reuniões com os pais dos alunos e acompanhamento psicológico: “Há três meses promovemos encontros dos competidores com psicólogos, a fim de desenvolver um trabalho comportamental e emocional”.  Em meio às salas de aula, alguns alunos treinam com afinco para a competição em ambientes separados. Pelos semblantes, é visível o alto grau de concentração. Eraldo Silva e Wellington Souza, alunos em Sistema de Transporte de Informação (STI), há um ano se dedicam com o objetivo de defender a medalha de ouro da ocupação, conquistada em 2010 pelo colega Othon Alonso. “Também quero a medalha de ouro, mas, independentemente do resultado na Olimpíada do Conhecimento, a minha expectativa é terminar o nível técnico e cursar engenharia para depois dar aulas no Senai”, relatou Eraldo.

Caio Agostinho, 18 anos, não pensa diferente. Concluiu a aprendizagem industrial de eletricista de manutenção e, atualmente, faz o curso técnico de Mecatrônica. Estreando na Olimpíada do Conhecimento na ocupação de Eletricidade Industrial, treina desde junho de 2010 para o evento e tem a mesma expectativa que seus colegas. “Primeiramente, quero adquirir conhecimento prático na indústria para, depois, dar aulas no ramo da eletricidade e automação no Senai.”

Em Robótica Industrial, o docente Fábio Nascimento treina os alunos Max Mazakina, Eduardo Bonilho e Vinícius Vermieiro. De acordo com ele, a função dos competidores é melhorar cada vez mais a sinergia entre software e estrutura física. “É fundamental uma mecânica e um software precisos, pois na competição eles têm apenas uma hora para fazer a programação do robô. Então é necessário que este processo seja realizado o mais rápido possível, daí a necessidade de desenvolver um programa mais simples e eficiente para reduzir o tempo da atividade”, esclareceu Nascimento.

Fonte: Portal SENAI

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