A diretoria do Sindimam reforça, junto aos profissionais do setor moveleiro, os cuidados que precisam ser adotados no uso do celular no ambiente de trabalho para evitar acidentes, em específico, na manipulação de maquinários da indústria moveleira.
Como no trânsito, o uso de celular pode gerar uma série de acidentes. Segundo o engenheiro de Segurança e consultor do Sesi, Rodrigo Meister de Almeida destaca que a percepção dos riscos no trabalho é comprometida com o uso de celulares no ambiente de produção. “Quando a mente do trabalhador se afasta da sua tarefa e ele continua executando isso de forma mecânica, o risco aumenta. Não existe ação segura”, ressalta Almeida.
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O Brasil conta com uma média de 1,3 celulares por habitante, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Nesse contexto, especialmente os jovens fazem uso constante dos smarthphones: aparelhos que oferecem recursos de computador e acesso à internet.
Regulamentação
Ainda não existem leis que regulem o uso de celulares no trabalho, mas, segundo Juliana Bacarin, os sindicatos da indústria e laborais podem estudar o assunto e criar cláusulas restritivas nos contratos de trabalho quanto ao uso do aparelho em horário de expediente. “A própria empresa, por meio de seu regulamento interno, pode estabelecer regras para o uso do celular”, afirma ela.
Divulgar as regras para uso racional do aparelho já no treinamento admissional e manter uma comunicação constante sobre o assunto são também caminhos que podem ser adotados, indica Luciano Nadolny.
O importante é que os trabalhadores compreendam os motivos por trás das restrições. “Isso pode evitar insatisfações que prejudiquem o clima interno das indústrias”, aponta Juliana.
Para Rodrigo Almeida, em atividades de risco, a proibição do uso de celulares deve ser incluída nos procedimentos de segurança. “Fora disso, é possível regular o uso do aparelho em horários pré-determinados, em pequenas pausas de descanso do trabalho”, sugere
Confira algumas dicas de uso consciente do celular que a indústria pode recomendar aos trabalhadores:
– Conter a ansiedade e procurar responder chamadas e mensagens pessoais no fim do expediente. O uso excessivo do telefone afeta a imagem profissional.
– Deixar o celular no modo silencioso ou de vibração. Toques muito altos e chamativos podem incomodar os colegas.
– Ao atender uma ligação pessoal, evitar falar alto, expondo detalhes da vida privada. Se for estritamente necessário, procurar um lugar reservado para atender, mas retornar ao trabalho sem demora.
– Durante reuniões, desligar o celular.
– Não fotografar e nem filmar colegas, documentos ou instalações da empresa.
– Caso esteja lidando com um problema pessoal sério, comunicar o superior sobre a necessidade de atender o celular ao longo do expediente.
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Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação do Sindemon.