Quatro dos oito segmentos comerciais tiveram aumento no volume de vendas. O principal crescimento foi observado no setor de móveis e eletrodomésticos (1,8%), seguido por artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1%). Os combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 0,9%.
Entre os quatro setores com queda, o destaque foi o grupo tecidos, vestuário e calçados (-1,4%). Também tiveram redução no volume de vendas os segmentos de equipamentos e material para informática, escritório e comunicação (-0,5%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).
Considerando-se também os segmentos de materiais de construção e de veículos, motos, partes e peças, ou seja, o varejo ampliado, o crescimento do volume de vendas foi 1%. O setor de veículos e peças cresceu 0,9% e o de materiais de construção, 0,6%.
O comércio varejista não ampliado registrou crescimento no volume de vendas de 1,7% na comparação com junho do ano passado, de 3% no acumulado do ano e de 5,5% no acumulado de 12 meses. O varejo ampliado teve queda de 2% na comparação com julho de 2012 e altas de 3,7% no ano e de 6,4% no acumulado de 12 meses.
Desempenho fraco
Os dados divulgado hoje refletem a dinâmica de crescimento que o Brasil vem apresentando neste ano, ou seja, baixo crescimento com taxas voláteis mês ante mês. Foi o que disse o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano. “Essas são as marcas do crescimento no Brasil. Baixas taxas de crescimento e grande volatilidade”, reforçou.
O resultado de 0,5% veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam um resultado entre queda de 0,20% e alta de 1,80%, com mediana de 0,60% para a margem.
Serrano mencionou os dados do varejo ampliado, que cresceu 1% na comparação mensal, para exemplificar sua avaliação. Para ele, após a alta em junho, os dados de julho devem mostrar queda na setor. “Em julho alguns dados apontam para um varejo mais fraco, como os números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que tiveram queda na margem. Essa dinâmica então é reforçada. Provavelmente o varejo cai em julho”, disse.
Serrano, no entanto, não fez estimativas de quanto deve ser a queda. Ele mantém a perspectiva de alta entre 5% e 6% nas vendas do varejo para este ano.