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Vendas do varejo sobem 0,9% em agosto

As vendas do comércio varejista restrito subiram 0,9% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio no teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,90% a uma alta de 0,90%, com mediana de -0,05%.

Na comparação com agosto do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 6,2% em agosto deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre altas de 3,51% e 5,90%, com mediana de 4,80%.

Até agosto, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 3,8% no ano e de 5,1% nos últimos 12 meses.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,6% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,70% a alta de 1,80%, com mediana de 0,6%.

Na comparação com agosto do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 0,8% em agosto deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre recuo de 4,20% e estabilidade, com mediana de -1,90%. Até agosto, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam altas de 3,1% no ano e de 4,4% nos últimos 12 meses.

Atividades
Oito das dez atividades pesquisadas tiveram avanço nas vendas no mês de agosto ante julho. A principal alta veio do setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que cujas vendas cresceram 7,6%. Em julho contra o mês imediatamente anterior, essa alta havia sido de 3,7%.

Além disso, o setor de veículos e motos, partes e peças teve alta de 2,6% nas vendas em agosto ante julho. No mesmo período de comparação, os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceram 1,1%. O setor de livros, jornais, revistas e papelaria venderam 0,9% a mais do que em julho, enquanto no setor de móveis e eletrodomésticos avançou 0,8% (em julho ante julho, a variação havia sido de 2,6%, puxada pelo programa de financiamento Minha Casa Melhor).

Também registraram alta os setores de material de construção (0,8%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

As únicas quedas foram observadas em combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,0%).

Hipermercados
O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve crescimento de 5,6% nas vendas em agosto, na comparação com igual mês de 2012. O setor foi responsável pela maior contribuição (45%) à taxa global do varejo restrito, cujo avanço foi de 6,2% no período.

Mesmo sendo a principal influência, a atividade nesse segmento continua com desempenho abaixo da média do varejo (5,6% contra 6,2%). A explicação está no comportamento dos preços dos alimentos, que registraram alta de 10,6% (grupo de alimentação no domicílio) ante 6,1% da inflação global em doze meses.

Além dele, o setor de móveis e eletrodomésticos teve alta de 7,9% no período. Outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram 8,5%. As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria avançaram 9,9%. O setor de combustíveis e lubrificantes teve alta de 5,3%, enquanto as vendas de tecidos, vestuário e calçados evoluíram 3,6% no período. Já o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação avançaram 8,2%. A única queda veio das vendas de livros, jornais, revistas e papelaria, com variação de -0,2%.

Revisão
O IBGE revisou em alta o resultado das vendas varejistas no conceito restrito apurado no mês de julho deste ano. O crescimento passou para 2,1%, de 1,9% divulgado anteriormente.

Fonte: Estado de S. Paulo

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