Sofás, armários, guarda-roupas e cadeiras estão mais caros do que no fim do ano passado. Porém, a previsão é que os lojistas mantenham os preços das mobílias em geral neste mês e em dezembro.
Em média, o aumento nos móveis, no ano, foi de 6,44%. Esta variação foi maior do que a inflação do mesmo período.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu neste ano até o fim de outubro 4,38%. O indicador aponta a variação dos preços às famílias brasileiras com renda entre um e 40 salários-mínimos.
Para o economista chefe da GS&MD-Gouvêa de Souza, Marcelo Waideman, o cenário econômico positivo e a grande oferta de crédito propiciam ambiente para manutenção dos preços.
“Quem aumentar pode dar um tiro no pé”, brincou o economista. Ele explicou que se a empresa encarecer os seus produtos, pode perder clientes para as lojas menores. “E o mercado deve estar ciente desta situação”, avaliou.
Outro fator que contribui para a estabilidade dos valores é a sazonalidade. A demanda por móveis em dezembro atinge quase o dobro do que nos outros meses do ano. O recebimento do 13º salário também estimula o consumo.
Levantamento da Gouvêa de Souza aponta que o volume de vendas do último mês representa 13% do ano. A ascensão tem início em novembro, dono da segunda maior representatividade na comercialização, com 8,7%.
Os outros dez meses mantém participação do volume de comercialização com algo entre 6,7% e 8,6%. Com demanda aquecida no fim do ano, acesso ao crédito facilitado e confiança do consumidor na economia, é provável que haja estabilidade nos preços para este Natal.
Fonte: Diário do Grande ABC